
Tem decisões na vida que não são fáceis de serem tomadas, principalmente filhos. Nem sempre é possível planejar, mas quem deseja aumentar a família com rapidez, como falar “de uma vez só”, assim projetar todos juntos, deve prestar atenção em algumas questões.
Por Liana Kupferman
A mãe provavelmente terá que abdicar por um tempo de sua profissão, pela demanda que seus filhos vão precisar. Ela vai ter a sensação de ter vários bebês ao mesmo tempo, pois eles ainda estarão muito dependentes de seus cuidados. Por outro lado, a diferença de idade entre eles pode ser pouca, porém como essa fase são bem diferentes.
Enquanto um mama no peito, precisa fazer mamadeira para outro e papinha para o mais velho, o que vai precisar de oferecer um grande malabarismo para conseguir tantos cuidados. Não é raro as mães sentirem-se em dívida com a sensação de que não está dando ou dando atenção de que não está se dando adequadamente como gostaria de cada um.
Mas a grande vantagem é que é uma fase e depois as crianças apenas rotineiras e atividades aparentemente idênticas, portanto, sendo mais práticas comparadas com os filhos com diferença de idade maior.
Pelo lado do filho, perder o reinado tão cedo e deixar de receber os cuidados dos pais como antes, difícil, porém pode ser uma experiência de aprendizado em ter de dividir a atenção dos pais, conquistar seu espaço e se relacionar com outras crianças e seus irmãos. O ciúmes é menor quando o pequeno, porque desde cedo alterou as mesmas circunstâncias. A família é treinamento social, então estarão desde cedo aprendendo a se relacionar, tendo que compartilhar, negociar, dividir, ceder, etc.
Quando a diferença é maior, a vantagem é que a criança tem uma capacidade de compreensão que pode, além de ter mais condições de diálogo, poder auxiliar no cuidado maior, o que a maior garantia de contribuição. O pode ser maior ciúme porque ficou mais tempo “reinando”, mas nada que uma boa dose de compreensão dos pais não resolve.
Portanto, será que existe uma diferença ideal? Se sim, é ideal para quem?
A decisão de ter mais um filho tem que ser dos pais, principalmente mulher, a qual mais está de ter. Muitos estão envolvidos nessa escolha, como fatores de situação financeira em que o casal se encontra, do casamento, o estado emocional da mãe/pai, o estado emocional da mãe, etc. filho. Só assim todas as dificuldades serão contornáveis e os pais se divertirão dos tão trabalhosa e família.
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Liana Kupfer é psicóloga clínicaman pela PUC-SP. Participou como especialista convidada do Papo de Mãe sobre “um filho atrás do outro”, exibido em 16.09.2012.
http://blog.papodemae.com.br/2012/09/

