“Como dois são dois”



Gêmeos que trabalham juntos dizem que harmonia e talentos complementares ajudam no dia a dia
Sim, gêmeos têm uma conexão especial. E isso pode render bem no trabalho. “Por dividirem o útero da mãe durante a gravidez e morarem muito juntos, os gêmeos acabam se conhecendo bem. Às vezes, só de olhar, um entende o outro”, diz a psicóloga Liana Kupferman, especialista em famílias com gêmeos. Segundo ela, gêmeos tendem a desenvolver habilidades e características complementares. A terapeuta estuda o assunto há cerca de 10 anos e diz que a tendência dos gêmeos responderem da mesma forma a diferentes situações pode estar ligada ao DNA compartilhado. “Os alunos argumentam que essa afinidade está ligada às atividades eletromagnéticas do cérebro, que são como as ondas de rádio, que tendem a estar em sintonia com a convivência e o afeto”, explica Liana. Ela conhece algumas das histórias de gêmeos que trabalham juntos e vê o que eles pensam.

As mais lindas Suzana e Suzane Massena, 17 anos, já posaram para a Vogue japonesa e brasileira, desfilaram na São Paulo Fashion Week e na New York Fashion Week, inspiradas na irmã mais velha, Suelen, que levou as meninas para acompanhá-la. em seu trabalho como modelo. Aliás, Nane e Nana, como são chamadas na família, sempre fizeram tudo juntas. “Saídas, compras, trabalho e diversão”, enumera Suzane, que nasceu 2 minutos depois. Ela revela que os gostos são praticamente idênticos. Até para comida. “Um dia, almoçamos separadamente.
Ao telefone, descobrimos que havíamos pedido o mesmo prato”, conta a mais nova das meninas. O gosto musical também é o mesmo: reggae. Eles até consertaram uma cicatriz no mesmo lugar. “Nós caímos do skate em uma ladeira. As marcas são as mesmas”, diz Suzane.
A maior parte do trabalho das meninas é em pares. “É muito raro ter algo separado. É tão bom trabalhar com alguém que você gosta e sabe como funciona. É sempre uma boa companhia e ajuda a equilibrar as coisas. Estou mais relaxada e a Suzane mais agitada, impulsiva”, explica Suzana.
Os fashionistas
Marcela e Daniela Horta nasceram em Minas Gerais há 32 anos e são tão, mas tão parecidas, que uma passou pela outra na faculdade. “Tive que viajar e a Dani participou dos últimos dez dias de aula para mim. Ela assinou a lista, fez o trabalho e ninguém percebeu!”, confessa, rindo, Marcela. A gêmea mais nova – Daniela veio ao mundo 5 minutos antes – também conta que chegou a confundir a própria identidade quando era pequena. “Quando criança, perdi meus brincos e fiquei me perguntando: eu sou a Dani ou a Marcela?”, conta a empresária, que divide com a irmã o comando das lojas MCH e Meninas Gerais.
O ponto positivo da união é a harmonia. “Nós nos entendemos com olhares. Fazemos tudo juntos. Por um tempo, minha terapeuta disse que parecia uma simbiose”, diz Marcela. A parte chata são as cobranças, de ambas as partes. Mas o saldo final é positivo. “Trabalhamos juntos há 17 anos. Um completa o outro. Gosto de conversar, de conversar, de vender...A Marcela, por outro lado, cuida da parte burocrática, que eu não gosto muito”, conta Daniela, que é administradora, enquanto a irmã se formou em Direito e posteriormente em Administração.


Os cantores
Ernesto e Vladmir Lobão, 39 anos, aprenderam a tocar violão juntos aos 8 anos. Eles compartilhavam o mesmo instrumento e, surpreendentemente, não houve confusão. A melodia dura até hoje. Tanto que formam uma dupla musical, Manolobo. Os irmãos fazem um som influenciado pela MPB e estão prestes a gravar o primeiro CD da carreira. “Nós nos entendemos de relance. Às vezes ele nem ensaia e sabe tudo que vai fazer junto. É incrível”, diz Ernesto, que deu à luz minutos antes do irmão. Seu pai, Sr. Itajací, sempre incentivou tanto a veia musical quanto a boa convivência. “Meu pai insistiu em mostrar a todos que cantávamos. Ele nos levava a bares de amigos e fazia pequenos shows em casa para a família. Ele nunca deixou que nos separássemos na escola e nos ensinou a dividir as coisas”, diz Vlad. Até as faculdades eram em áreas afins: Arquitetura e Design.
Mesmo morando em casas diferentes há 13 anos – uma no Rio Vermelho e outra em Lauro de Freitas – sentem falta da convivência mais direta.
“Vlad é minha alma gêmea. Dizem que uma alma gêmea é uma namorada ou algo assim. Não necessariamente. Pode ser avó, pai, mãe... Acho que, na próxima encarnação, voltaremos como irmãos”, explica Ernesto.
Os foliões
Ricardo e Rafael Cal começaram a trabalhar juntos na escola. Elas
pertenciam ao grêmio marista e, aos 15 anos, trabalhavam na área social do Bloco Eva. Muitas pessoas confundiram os dois. Até a mãe, Márcia – que também tem uma irmã gêmea. Aconteceu quando eles eram bebês. “Dei duas garrafas para um deles e o outro estava chorando, com fome”, conta. Hoje, ela não está mais confusa: “A voz, o olhar, o cabelo e o jeito de andar são diferentes”. Ricardo se formou em Direito e Rafael em Administração e, há sete anos, criaram a Oquei Entretenimento, que promove festas em Salvador.
A relação é muito tranquila. “Nós nunca brigamos. Nós discordamos ocasionalmente e normalmente, e na maioria das vezes, tudo bem. Dividimos as funções. Rafael cuida dos projetos operacionais, vendas, social, relacionamento com promotores... E eu fico nos bastidores, captação de recursos, finanças, administração, contratos...”, explica Ricardo, que diz não ter palavras para explicar a ligação entre os dois. “A pessoa mais importante da minha vida é meu irmão. E ele diz o mesmo. Um sempre conta com o outro, em qualquer circunstância”, diz Ricardo. O rapaz de 30 anos revela ainda que na noite em que Rafael sofreu um acidente de carro, há cerca de cinco anos, não dormiu. “Foi muito estranho. Quando seu amigo ligou, imediatamente perguntei o que havia acontecido com Rafael. Fui o primeiro a chegar ao local.” lembra Ricardo.

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