
COMO ESCOLHER A ESCOLA CERTA?
A escolha da escola não é fácil. Esta decisão requer uma boa pesquisa! No ano da decisão ouvimos todo o tipo de conselhos, visitamos escolas, procuramos as mais diversas informações sobre o
futura escola, compartilhar as dúvidas com os pais dos alunos até chegar à decisão final. E quando a decisão é tomada, que alívio para a família! A família toda começa a vestir a camisa da escola.
Uma decisão que exige o investimento da família, uma aposta. Fazendo uma analogia, seria como jogar na loteria. Quando uma pessoa joga uma loteria, ela faz uma combinação de números e acredita que vai ganhar, ou seja, deposita sua esperança e acredita que esses são os números certos, senão nem apostaria na loteria! Assim como a escolha da escola, quando decidimos, por uma combinação de fatores, acreditamos que é a certa para nossos filhos.
Mas o que realmente importa para a família? O que pesa na hora de decidir qual escola? Seria a metodologia de ensino, carga horária, religião, linhas pedagógicas (Tradicional, Construtivista, Waldorf, Montessori) as amizades da escola anterior, amizades dos pais, ser bilíngue ou não, ser judeu ou não, o custo da escola, a infraestrutura, a localização da escola?
Para alguns pais que trabalham, a ideia é que a criança permaneça mais tempo na escola. Uma escola com todos os recursos incluindo alimentação e atividades lúdicas facilitaria as idas e vindas de carro. Mas há outros pais que preferem menos tempo na escola, mais tempo em casa. Convenhamos, a escola perfeita não existe. O que existe hoje é a escola que melhor atende às suas expectativas. A escola que mais se assemelha ao seu estilo de vida.
A sincronia entre escola e família é um casamento longo. Um caminho que estará trilhando entre três pontos: os pais, a criança e a escola. Um triângulo de parceria precisa estar em harmonia, pois situações novas, imprevistos sempre ocorrerão.
E a escola junto com a família terá um papel importante no desenvolvimento da criança. Normalmente, tudo que é novo na vida das pessoas gera estranheza, um tempo de adaptação. O tempo depende de cada pessoa. Pais e filhos não necessariamente se adaptam ao mesmo tempo. Pode acontecer que a mãe se adapte, tenha certeza de sua escolha, mas seu filho ainda não, ou vice-versa. As escolas costumam indicar que dentro de um mês as crianças estão adaptadas a novos amigos e novas tarefas. Acreditamos que o mais importante durante esse longo ou curto processo é que os pais conversem com seus filhos e estejam atentos ao seu comportamento.
A escola tem grande importância para a adaptação familiar. Lembre-se de que psicólogos e professores da escola farão o possível para ajudá-lo a entender o progresso escolar de seu filho. Mas a família também desempenha um papel muito importante. Cada criança tem o seu tempo e cada pai tem o seu. Devemos respeitar o tempo de ambos.
A escola certa é aquela que vai despertar o orgulho da família com o passar do tempo. Isso proporciona um bom ambiente para o seu filho com os valores mais próximos dos seus. Então, se você depositou suas fichas nesta instituição, é porque você acreditou naquela escola. Vá em frente, pois certamente valerá a pena.
Você verá este show em seus filhos! Se você chegar à conclusão de que não é a escola ideal para seu filho, não hesite nem mergulhe na autocrítica, pois nunca é tarde para uma nova mudança.
Esteja alerta aos sinais de dificuldade do seu filho e converse com o psicólogo escolar do seu filho se:
1- Você percebe que seu filho está se comportando de forma diferente do habitual: se está bravo, choroso, agressivo. Durante as primeiras semanas, isso é comum, mas se persistir por mais de dois meses, é hora de investigar mais.
2- Chora ao chegar na escola e continua chorando durante o dia na escola.
3- Reclama da escola e tem pesadelos recorrentes com isso.
4- Reclama dos amigos ou está tendo dificuldade para formar um grupo de amigos.
Vanessa Kamkhaji Sapiro é Psicóloga e Psicoterapeuta de Crianças e Especialista em Curtas
Psicoterapia pela USG-HG.
Liana Kupferman é Psicóloga Clínica de Família, Infantil e Adulto e Especialista Graduada em
Família e Casal pela PUC-SP.
O artigo foi publicado na Revista "EduJudaica" (Educação Judaica) - Brasil, Jun 2011
O artigo foi traduzido por Marko Petek. Veja o artigo original em português aqui .
