
O PROBLEMA NÃO É O FATO QUE COMPARAMOS, MAS A FORMA COMO E QUANDO COMPARAMOS!
Por Majoy Antabi
Ela cuida da casa, do marido e também administra o Portal Múltiplos, que ajuda mães de gêmeos. Motorista nas horas vagas e cozinheira por hobby, ela ainda encontra tempo para ser voluntária em uma organização sem fins lucrativos.
Eu sou o tipo de mãe que odeia comparar seus filhos. Na escola, os professores do meu “trio” sempre me parabenizam pelo bom trabalho que venho fazendo.
Mas não pense que eu nasci sabendo, não! Essa foi uma escolha que fiz quando soube que estava carregando três bebezinhos na barriga. Eu cresci sendo comparada à minha irmã Jana. Para começar, ela tem olhos azuis, e como nossos nomes são, digamos, um pouco estranhos, as pessoas adoravam dizer “a de olhos azuis” e “a de olhos castanhos”.
Os anos foram passando e eu cresci, quase sem traumas. Não me sinto mais feia, pior ou menos inteligente. Simplesmente aprendi que sou uma pessoa com valores, qualidades e defeitos próprios. Basicamente humano!
A comparação não precisa necessariamente ter um efeito negativo em nossas vidas. Faz parte do ser humano. Nascemos comparando, aprendemos na infância através da comparação e muitas vezes nos incentivamos a ser pessoas melhores com isso!
E como uma vida sem comparações é impossível, fui conversar com Liana Kupferman, psicoterapeuta de família, que me explicou melhor todo esse processo! Entendi que não deveríamos colocar neles um rótulo com qualquer papel estático como, por exemplo, “o mais agitado e o mais calmo”, ou o “mais distraído e o mais inteligente”, e outros. Ela também me disse que, quando fazemos isso, normalmente o filho que recebeu o rótulo de 'pior' segue essa premissa e se coloca nesse papel.
Outra dica de ouro que ela nos dá é essa: “Evite sempre colocar o trabalho MAiS na frente dos comentários, nunca diga "o mais agitado" mas, "está muito agitado hoje". Assim as crianças saberão que o agitado é algo temporário e que a comparação não é com algum 'irmão'. Liana diz mais: “Também temos que saber a hora certa de comparar e comparar com quem. Porque quando acertada, a comparação cria uma comparação saudável na vida das crianças, relacionando-as com o mundo lá fora e tirando o foco da comparação entre ela e o irmão!”
Sim, não é fácil! Temos uma enorme responsabilidade pela frente para o resto da nossa vida! E com um pouco de esforço nosso, familiares e amigos entendem que, assim, criaremos indivíduos únicos que conhecerão seus valores, qualidades e falhas sem a necessidade de um terapeuta. No final, todos ganham com essa sabedoria”.
O artigo foi publicado na Revista "Pais e Filhos" (Pais e Filhos) - Brasil, Out 2011
O artigo foi traduzido pelo Google tradutor. Veja o artigo original em português, clique aqui.
